sábado, 24 de julho de 2010

O Paraná e a Independência do Brasil

Nesta época as terras do Paraná faziam parte da capitania de São Paulo, a qual devido a sua extensão, foi dividida em duas comarcas. A comarca do sul teve sede em Paranaguá até 1812, quando esta foi transferida para Curitiba.
Em 1811, desejando um governo próprio o governo de Paranaguá enviou uma representação a D. João. O líder desse movimento emancipacionista foi Pedro Joaquim Correia de Sá. Foram feitas várias tentativas junto à Corte, no Rio de Janeiro, mas o movimento fracassou.
Em 1821, houve uma nova tentativa de obter a emancipação da comarca, que então se chamava comarca de Curitiba e Paranaguá. Os defensores da emancipação iniciaram um movimento que ficou conhecido como Conjura Separatista. Mais uma vez, o movimento não trouxe resultado positivo, embora o ideal da emancipação não tivesse desaparecido. Nessa luta destacaram-se o tropeiro Francisco de Paula e Silva Gomes e o Coronel Manuel Francisco Correia Júnior.
Como você pode observar, o sete de setembro não alterou a situação política do Paraná.


A emancipação política do Paraná


No período regêncial, duas rebeliões que ocorreram no sul do Brasil tiveram influências na história do Paraná. Uma delas foi a Revolução Farroupilha, que se estendeu de 1835 a 1845, no Rio Grande do Sul. Esse movimento inicialmente defendia a autonomia das províncias que constituíam a Monarquia. Depois adquiriu um caráter separatista, ou seja, propunha a separação do território gaúcho do resto do Brasil.
O segundo movimento rebelde estourou em São Paulo em 1842. Era a Revolução Liberal, que pretendia a volta do Partido Liberal ao poder central.
O governo temia que os paranaenses, apoiando os revolucionários gaúchos, que já atingiam Santa Catarina, ocasionassem a união dos dois movimentos e, consequentemente, a soma das duas forças. Foi prometido a emancipação da comarca de Curitiba e Paranaguá, em troca de sua neutralidade. A proposta foi aceita.
Finalmente em 29 de agosto de 1853, foi criada a província do Paraná e instalada pelo seu primeiro presidente, Zacarias de Goes Vasconcelos, em 19 de dezembro de mesmo ano. Curitiba tornou-se definitivamente a capital do Paraná em 26 de julho de 1854, então se fazia necessário organizá-la. Curitiba era ma pequena cidade, quase uma simples vila, sem quaisquer serviços públicos, nem edifícios próprios para a administração provincial. Com a chegada do presidente da província e do pessoal administrativo, outras construções começaram a aparecer como a Câmara Municipal, o Tesouro, o quartel da força militar, a cadeia.
Embora sede de comarca desde 1812 e a cidade desde 1842, em 1854 era ainda preciso fazer de Curitiba uma cidade de fato, capaz de polarizar a nova província.
Por outros lados a instrução, pública ou particular, era a mais desfavorável em toda a província. Apenas 615 paranaenses em 1854 freqüentavam em escolas públicas cursos de primeiras letras, e a grande maioria no litoral, sobretudo em Paranaguá. Em Curitiba apenas funcionavam cadeiras consideradas de ensino secundário, de Latin e de Francês, com 11 alunos no total. A população da província era entretanto de 62 mil habitantes. Medidas deveriam ser tomadas, não apenas para instalação de novos cursos, mas também para o melhor aproveitamento dos já existentes.
As estradas da províncias encontravam-se intransitáveis e dificultavam a colonização da província e o transporte de produtos agrícolas. Sentindo a urgência de ligar Curitiba ao litoral, o presidente decidiu fazer vários estudos para a construção de estrada. Tomou inclusive a decisão de construir a Estrada da Graciosa, ao lado do já existente Caminho da Graciosa, para ligar Curitiba ao porto de Antonina.

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